MARÇO – BULLYING

 

O que é bullying? Do inglês bully, que quer dizer valentão,
brigão. Bullying caracteriza-se por agressões intencionais, verbais
ou físicas, ameaças, tirania, opressão, intimidação, humilhação e
maltrato. Pode ocorrer entre pessoas ou grupos, apresentando-se
de maneira repetitiva e onde há desequilíbrio de poder entre as
partes envolvidas, assédio moral manifesto, como sobrepujança
do mais forte sobre o mais fraco. “Eu, porém, vos digo que
qualquer que, sem motivo, se encolerizar contra seu irmão, será
réu de juízo.” (Mt, 5:2) A prática do bullying é uma demonstração
de falta de desenvolvimento de senso moral? Em O Livro dos
Espíritos, questão 754, os espíritos nos esclarecem com a
resposta “Dize que o senso moral não está desenvolvido, mas
não que ele está ausente, ele existe, em princípio, em todos os
homens”. Diante da resposta dada pelos Espíritos, podemos
entender que existem circunstâncias que estão ligadas ao
desenvolvimento do senso moral de todos os envolvidos e que
favorecem que o fenômeno bullying ocorra. Desconhecimento da
vida espiritual, materialismo, pouca ou nenhuma base religiosa,
bem como ausência de ética que norteia as ações destes, podem
ser fatores determinantes de atraso do senso moral, muito
embora saibamos que ele está latente em cada um. Assim, é
evidente o atraso do senso moral naqueles envolvidos no bullying.
É necessário observar que nada ocorre sem uma razão de ser, ou
seja, a todos nós é dada a chance de aprender e evoluir. Deus é
justo e bom e a todos oferece oportunidades de crescimento. (…)
Como lidar com o bullying virtual? Cyberbullying ou “violência
virtual” ocorre na internet e no celular, onde mensagens com
imagens e comentários depreciativos se alastram rapidamente e
tornam o bullying mais perverso. Os agressores escondem-se
através de um perfil diferente ou agindo anonimamente,
acreditam que suas ações não serão descobertas. A vítima fica
sem saber de quem ou de onde vem a agressão, passando a viver
amedrontada e, na maioria dos casos, adoece. É preciso ter o
mesmo diálogo do bullying – aberto e esclarecedor –
conscientizando de que existem leis que estão vigorando, que resguardam as vítimas e responsabilizam os agressores. Não há como
sair ileso do ponto de vista legal, nem do afetivo e muito menos do espiritual, pois que marcas ficarão sob a forma de consequências para a existência e também na alma, até que o amor seja o único caminho. É preciso limitar a divulgação de dados pessoais nos sites de relacionamento,
diminuir o tempo em que se fica conectado e ser criterioso com os conteúdos acessados.
Tornar-se crítico e preservar sua privacidade.
A sintonia que se estabelece é adoecedora,
ainda que o que ocorra não esteja revelado,
aberto. Mas é evidência de crueldade e
satisfação com o sofrimento alheio.
Igualmente às outras questões da vida,
estaremos em desequilíbrio com as leis
divinas. Precisaremos reencarnar para
aprender até que o equilíbrio se reinstale. No
cyberbullying não é diferente, encarnação
após encarnação até que a sintonia seja a do
perdão e do amor.

Texto de Rosaura Maria D´Angelo