LIVRO DE SETEMBRO – 2015

RELATOS DA VIDA

Irmão X – psic. F.C.Xavier

 

Humberto de Campos psicografou, pela pena do excelente médium Francisco Cândido Xavier, cinco livros, entre 1937 e 1943, utilizando-se do próprio nome, quando em vida física.

Posteriormente, para evitar novos problemas jurídicos para o médium, passou a utilizar-se do pseudônimo de “Irmão X” e psicografou mais nove livros, sendo sete deles entre 1945 e 1969. Após silenciar por 19 anos, psicografou, então, os dois últimos livros em 1988 e 1989.

Justificando o seu silêncio por tanto tempo naquele intervalo, ele respondeu a um companheiro encarnado que, em desdobramento, perguntava “porque motivo não mais escreveu livros para nossa edificação”:

– “Amigo, agradeço-lhe o interesse, mas não estou inativo. Apenas, por algum tempo, troquei a pena pela enxada de serviço. Por vários períodos anuais, estive na teoria. Agora estou na prática da assistência, na qual vivo aprendendo a renovar-me. Mas retomarei a pena, se o Senhor assim permitir”.

No dia seguinte, mostrou a Emmanuel “uma pasta antiga, da qual retirou vários retalhos de pergaminho contendo apontamentos valiosos e valiosos relatos da vida, com os quais formou o presente volume”.

Como os espíritas lidam com o suicídio?

Ao analisarmos o problema do suicídio, importa diferenciar o ato em si de quem o pratica. O suicídio é condenável sob qualquer aspecto ou pretexto. Se temos conhecimento da realidade hostil que aguarda o suicida no plano espiritual, não devemos economizar esforços para apoiar toda e qualquer iniciativa em favor da prevenção do auto-extermínio, dentro e fora do movimento espírita. Se a doutrina possui um vasto repertório de informações que nos ajudam a construir uma convicção a respeito do assunto, não há por que postergar a ação preventiva.

(…) A imensa dor que leva uma pessoa a buscar no suicídio uma solução merece de nossa parte atenção e respeito.

Como o espiritismo não admite penas eternas, todos temos a chance abençoada de nos recuperarmos e anularmos totalmente os efeitos negativos do ato suicida. Qual de nós já não terá passado pelo mesmo infortúnio nesta ou em outras vidas? Se conseguimos nos reerguer e seguir em frente não foi por que alguém nos acusou, ofendeu ou julgou. Foi porque alguém nos estendeu a mão, de forma solidária e amorosa. Essa rede de apoios é fundamental para que o suicida recupere a autoestima e dê o primeiro passo na direção certa. Mais amor cristão e menos preconceito. Caridade em lugar da condenação sumária. É o que se espera dos seguidores do espiritismo.”

(André Trigueiro – livro do mês)

LIVRO DE AGOSTO

VIVER É A MELHOR OPÇÃO

André Trigueiro

Diz o autor sobre o seu livro:

“Há momentos na vida em que muitos de nós perdemos a coragem de seguir em frente. Essa situação é mais frequente do que se imagina.

Em casos extremos, o desânimo, a melancolia ou a depressão podem precipitar a ideia do suicídio, um problema de saúde pública no Brasil e no mundo.

O silêncio em torno do assunto – um abominável tabu – só agrava a situação.

A própria Organização Mundial de Saúde vem defendendo a comunicação aberta e responsável como medida eficaz de prevenção.

É sabido que a informação cumpre uma função estratégica na prevenção dos mais variados tipos de males e doenças. Isso também vale para o suicídio.

Uma das descobertas mais importantes – e desconhecidas – da ciência médica dá conta de que o suicídio é prevenível em 90% dos casos, por estar associado a psicopatologias diagnosticáveis e tratáveis.

Falar de suicídio, portanto, pode salvar vidas. É o que se deseja com este livro”.

Fica, assim, a sugestão. Por que não procurarmos nos esclarecer melhor? Ou achamos que este problema pode estar muito distante de nossa realidade?

Trecho da Introdução de O Livro dos Médiuns

Desde alguns anos, o Espiritismo há realizado grandes progressos: imensos, porém, são os que conseguiu realizar, a partir do momento em que tomou rumo filosófico, porque entrou a ser apreciado pela gente instruída. Presentemente, já não é um espetáculo: é uma doutrina de que não mais riem os que zombavam das mesas girantes. Esforçando-nos por levá-lo para esse terreno e por mantê-lo aí, nutrimos a convicção de que lhe granjeamos mais adeptos úteis, do que provocando a torto e a direito manifestações que se prestariam a abusos. Disso temos cotidianamente a prova em o número dos que se hão tornado espíritas unicamente pela leitura de “O Livro dos Espíritos”.

Depois de havermos exposto, nesse livro, a parte filosófica da ciência espírita, damos nesta obra a parte prática, para uso dos que queiram ocupar-se com as manifestações, quer para fazerem pessoalmente, quer para se inteirarem dos fenômenos que lhes sejam dados observar. Verão, aí, os óbices com que poderão deparar e terão também um meio de evitá-los. Estas duas obras, se bem a segunda constitua seguimento da primeira, são, até certo ponto, independentes uma da outra.

Mas, a quem quer que deseje tratar seriamente da matéria, diremos que primeiro leia “O Livro dos Espíritos”, porque contém princípios básicos, sem os quais algumas partes deste se tornariam talvez dificilmente compreensíveis.

LIVRO DE JULHO

O Livro dos Médiuns

Allan Kardec

 

Uma vez concluída a tarefa essencial de publicar O Livro dos Espíritos, em 18 de abril de 1857, contendo as respostas das perguntas dirigidas aos Espíritos, Kardec deteve-se na preocupação de orientar os interessados da nova doutrina em como conduzirem-se no intercâmbio com a vida espiritual, a fonte daqueles ensinos.

“Nem todos os Espíritos são de Deus”, já havia advertido o apóstolo João ao recomendar aos primeiros seguidores do Evangelho que o intercâmbio entre os dois planos da vida requer atenção e discernimento, uma vez que nem todos os Espíritos que falavam em nome de Deus, tinham realmente suas intenções no Bem.

Assim, em 1861, ele publica O Livro dos Médiuns, que no dizer do grande médium e orador espírita, Divaldo P. Franco, este livro é o maior tratado de parapsicologia escrito até hoje.

Se a fé reside em forças espirituais ainda impalpáveis para a grande parte da humanidade, será pelo estudo destas forças que lograremos consolidá-la em bases sólidas, “construindo nossa casa sobre a rocha”, na expressão simbólica de Jesus.